Médica fala na Câmara sobre tratamento precoce da Covid e responde dúvidas dos vereadores
Um requerimento do vereador Ener Batista foi lido e votado na Reunião de terça-feira, No requerimento, Eninho pede que a médica hematologista Cláudia de Bessa Solmucci fosse ouvida on-line para falar sobre o tratamento precoce.
O vereador disse que atendia solicitação do Grupo Conservadores Cristãos, que tem se posicionado na cidade a favor deste tratamento. Este grupo, inclusive, criou o PAI, com agendamento de atendimento de vários profissionais para pessoas com suspeita de Covid.
Votação
A votação sobre a aceitação do requerimento foi nominal, a pedido do vereador Da Lua, e aprovada com nove votos favoráveis e sete contrários.
Durante a sessão, os vereadores informaram que a presidência da Câmara, assim como a Mesa Diretora, não se posicionam a favor nem contra o tratamento
O representante do Conselho de Medicina do Centro-Oeste, Eduardo Dias Chula, disse à TV Integração que o médico tem autonomia para passar o medicamento se o paciente concordar.
Discurso
A médica hematologista Cláudia foi chamada, segundo o vereador, pois o tema tem sido constantemente abordado na cidade. A fala dela começa após 2h44 da reunião. A médica defendeu o uso de remédios e tratamento precoce contra a Covid-19.
Ela afirmou que, em março de 2020, estava em Portugal quando começou a estudar e procurar trabalhos científicos que pudessem ajudar no enfrentamento da pandemia. “Alguns citavam a eficácia da hidroxocloroquina na epidemia asiática. Como eram vírus da mesma família se justificava o estudo”. A médica afirmou que criou um grupo de WhatsApp, ainda em 2020, com familiares, amigos e pacientes que queriam orientações. “Para minha alegria, após nove meses de profilaxia medicamentosa, usando a ivermectina e/ou a hidroxoclo-roquina, associadas, é claro, às medidas sanitárias, nosso grupo, que na época contava com mais de 200 pessoas, passava incólume”, afirmou.
Ela disse ainda que passou a fazer parte de grupo de discussão de médicos de todo o país e de médicos voluntários dispostos a fazer o tratamento.
“Inicialmente em Manaus, nosso grupo participou do tratamento imediato da Covid e já conta com mais de 5.000 atendimentos a paciente e seus familiares. Inquestionáveis são os resultados que obtivemos e foram documentados e analisados. Estes ainda não foram publicados”, disse.
Mesmo sem comprovações científicas, ela disse que é dever do profissional de saúde esclarecer para o paciente todas as opções terapêuticas. A médica se colocou à disposição para ajudar a implantar o tratamento em Itaúna.
Após questionamento dos parlamentares, a médica disse ainda que as vacinas têm menos evidências que os medicamentos defendidos por alguns médicos e que alguns profissionais da saúde defendem tanto o medicamento quanto as vacinas. Ela reforçou que o tratamento não exclui as medidas sanitárias implantadas pela Prefeitura,
A Prefeitura emitiu uma nota de repúdio pela declaração da médica.