Circuito Político
Iluminação Pública
Enquanto a comunidade itaunense sofre com ruas mal iluminadas e sem segurança, todo mês sobra no caixa da Prefeitura mais de R$ 300 mil dos recursos arrecadados com a taxa de iluminação pública. Os dados foram apresentados pelo vereador Toinzinho na reunião da Câmara de terça-feira. Ele disse que de 2017 a 2020 teve uma sobra de mais de 14 milhões que, somados ao empréstimo pedido e aprovado de R$ 5 milhões, totaliza quase 20 milhões. “É muito dinheiro e a gente não está vendo os investimentos que a população tanto pede”, falou Toinzinho.
Já o vereador Gustavo Dornas reagiu revoltado ao veto do Prefeito a seu projeto de isenção da cobrança da taxa de iluminação das residências da zona rural que não contam com este benefício. “Fico profundamente irritado com o desrespeito com a comunidade rural, é uma covardia”, disse ele.
E tem toda razão, como se pode cobrar a taxa se o local não tem iluminação pública?
Assédio na Câmara
Uma estagiária da Câmara denunciou o vereador Lacimar “Três” por suposto assédio sexual. A vereadora Edênia Alcântara, que preside a Comissão de Direitos da Mulher, protocolou para a Mesa Diretora pedido de informação sobre o andamento da averiguação. O vereador Gustavo Dornas reforçou que é necessário “que a verdade venha à tona”.
O vereador Kaio Guimarães disse que a Comissão de Ética deve apurar e que caso se comprove algo contra qualquer membro desta Casa que aconteçam as devidas punições.
ArcelorMittal ergue “muro!” para conter rejeitos caso haja colapso da barragem em Itatiaiuçu
Carretas transportando longos tubos de aço de 20 metros de comprimento; tratores cavando fundo em um amplo terreno entre as roças e pastos. Operários preparando uma área rural extensa para ser a última barreira entre rejeitos e a sobrevivência na eventualidade de um desastre.
As medidas contra o rompimento da barragem de rejeitos da Mina Serra Azul, da mineradora ArcelorMittal, em Itatiaiuçu, a 110 quilômetros de Belo Horizonte, movimentam a região e acirram a preocupação da comunidade, uma vez que os milhares de toneladas de detritos têm potencial de destruir casas e parte da BR-381 (Rodovia Fernão Dias), além de afetar a captação do reservatório de Rio Manso, da Copasa, o maior da Grande BH e responsável pelo abastecimento de 1,5 milhão de pessoas. O barramento atingiu o nível mais crítico de instabilidade, de acordo com critérios da Agência Nacional de Mineração (ANM).
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A ArcelorMittal informou que presta assistência atualmente a 859 famílias. Dessas, 56 foram realocadas preventivamente e vivem em imóveis alugados pela empresa. Os núcleos familiares removidos receberam auxílio emergencial mensal até junho de 2021. A partir da assinatura de acordo, em 7 de junho de 2021, o auxílio emergencial foi substituído por pagamento de uma verba mensal, estendida a outras famílias da região, para fomento da economia local como forma de reparação coletiva.
A obra para conter os rejeitos em caso de colapso da barragem vulnerável se situa no vale do córrego que desce da mineradora. A estratégia é erguer uma barreira física de concreto e aço contra a enxurrada de rejeitos de minério na eventualidade de um desastre.