Com pronunciamentos calorosos, votação de subsídio para a ViaSul é adiada
A reunião da Câmara de terça-feira foi ocupada em grande parte pela discussão se o projeto da LDO – que traz embutido subsídio de R$ 10 mil para a ViaSul ainda este ano e subsídio sem valor determinado para o ano que vem – entraria para discussão naquele dia
Duas pausas de cinco minutos foram necessárias e pronunciamentos calorosos principalmente dos vereadores Alexandre Campos e Kaio Guimarães, marcaram a discussão.
O vereador Alexandre Campos era favorável à não inclusão, mas disse que se o projeto fosse colocado em votação ele seria contra o subsídio, que deveria ser votado em destaque. Queria o adiamento para ver se entravam em acordo com o Prefeito.
Já o vereador Kaio Guimarães fez defesa enfática de sua inclusão e quis deixar bem claro que se houvesse aumento da passagem não era culpa da Câmara, pois era atribuição do Executivo e aumento de passagem não passava pelo Legislativo para aprovação. Kaio disse que o prefeito devia dar um tapa na mesa e peitar a Autotrans (ViaSul).
Também o Alexandre Campos disse que se a Autotrans estivesse condicionando o subsídio a continuar operando na cidade que pegasse os ônibus dela e fosse embora.
O vereador Da Lua enfatizou a necessidade de mais diálogo e acrescentou que a população seria prejudicada de toda maneira, com o aumento da passagem por decreto do Prefeito caso não tivesse o subsídio, ou com sua aprovação.
O vereador Toinzinho lembrou que a passagem na época do Prefeito Osmando era de R$ 3,40 e que Neider havia aumentado em 47%, o que equivalia a quase 12% ao ano. “E quanto o servidor teve de aumento?”, questionou ele. Toinzinho reforçou que a LDO não estipulava valor para 2.024, além dos R$ 10 milhões de subsidio para este ano. “Se tem recurso para subsídio, então para que empréstimo para asfalto?”, perguntou.
O vereador Eninho também ressaltou que aumento de passagem é de responsabilidade exclusiva do Prefeito.
Novamente usando a Tribuna, o vereador Alexandre Campos reforçou a necessidade de se conquistar mais garantias para a população, como o responsável pelo CEFET havia dito na Audiência Pública, de melhorias do serviço prestado, como renovação da frota, construção de guaritas e outras.
O vereador e presidente do Legislativo Nesval Jr. falou de ter diálogo com o Executivo para resguardar a população. Ao que Kaio Guimarães retrucou: “Oh, diálogo, oh diálogo, oh diálogo”.
Ao final da discussão, houve empate de 8 a 8 e o presidente Nesval Jr. que só vota em caso de empate, optou pela não inclusão do projeto na Ordem do Dia, visando proteger os interesses da comunidade.
Um vídeo divulgado pelo Prefeito antes da reunião, foi muito questionado, por ele estar jogando a opinião pública contra os vereadores, caso houvesse aumento de passagem.
Na noite da última segunda-feira, 28, uma Audiência Pública realizada no plenário da Câmara de Itaúna, trouxe à tona discussões sobre a concessão de subsídio para a empresa de transporte coletivo Viasul. A sessão contou com a participação de representantes da Viasul, incluindo o advogado Dr. Jardel Meireles e o controlador da Empresa, Ramom Ribeiro. Além disso, marcaram presença a gerente de trânsito, Cíntia Valadares, o secretário de Regulação Urbana, Tiago Araújo, o professor e engenheiro do Cefet, Renato Ribeiro, e diversos vereadores, entre eles Alexandre Campos, Lacimar (O Três), Léo Alves da rádio, Aristides Ribeiro (Tidinho), Antônio da Lua, Gleisinho, Márcia Cristina e Edênia Alcântara. Toinzinho justificou sua ausência por motivo de saúde.
Os vereadores Alexandre e Márcia Cristina foram enfáticos ao sugerir que, se para a Viasul está sendo tão complicado financeiramente operar na cidade, seria mais apropriado abrir mão de Itaúna e dar espaço para outros concorrentes por meio de um novo processo de licitação.
O vereador Kaio Guimarães defendeu que o projeto fosse incluído na Ordem do Dia e pediu que o Prefeito batesse na mesa e “peitasse” a ViaSul.
O vereador Da Lua pregou mais uma tentativa de diálogo com o Executivo para se conseguir melhorias no transporte coletivo para a população.
O vereador Toinzinho enfatizou que a responsabilidade de aaumento de passagem é exclusiva do Prefeito.
A vereadora Márcia é contra o subsídio e pediu na reunião que fosse pago o piso dos profissionais de enfermagem.