Vacina da UFMG contra Covid deve avançar para testes em humanos
Uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o governo do Estado e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações deve permitir o avanço do desenvolvimento da vacina contra o coronavírus pela universidade mineira. Além do imunizante contra a Covid-19, o acordo tem o objetivo de ampliar a estrutura para a produção de outros antídotos nacionais, reduzindo a dependência do Brasil em relação a outros países. A parceria foi firmada na última quinta-feira (4) pelo vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, e o ministro Marcos Pontes.
Ainda no início de 2020, antes de a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar a pandemia de coronavírus, o Centro de Tecnologia em Vacina (CT-Vacina) da UFMG começou as pesquisas para combater a Covid-19. Desde então, foram realizados os testes preliminares, mas, devido à falta de recursos, o desenvolvimento da vacina não avançou.
“Nós tivemos investimentos do Ministério de Ciência e Tecnologia para realizar a parte pré-clínica, a identificação do antígeno, determinar qual a formatação, a plataforma vacinal e testar em camundongo para ver se induz resposta imune e proteção. Então, ao longo desses meses, cumprimos toda essa tarefa e agora temos que avançar para os estudos clínicos. Essa parceria entre governo do estado, ministério e UFMG busca viabilizar a realização dos ensaios clínicos de uma das formulações vacinas que até o momento se mostrou promissora”, explica a professora Ana Paula Fernandes, uma das coordenadoras do CT-Vacinas.
As fases 1 e 2, de imunogenicidade e segurança em humanos, devem demandar investimento de R$ 15 a 20 milhões. Para a fase 3, ainda não há orçamento. A expectativa, segundo a professora Ana Paula, é que os testes em humanos comecem até o fim desse ano, contando com a colaboração de todas as partes envolvidas.
Jornal O Tempo