Cresce a inadimplência no país
Jornal O Tempo
O mês de fevereiro voltou a registrar o crescimento da inadimplência no país. Segundo o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa, 70,5 milhões de brasileiros estão com o nome negativado. Em fevereiro, foram acrescidos 433 mil novos devedores no país. Responsável por 31,6% das dívidas, o cartão de crédito continua sendo o segmento com o maior número de brasileiros inadimplentes, seguido pelas contas básicas (21,7%) e pelo setor de varejo (11,2). Em comparação a fevereiro de 2022, as contas com bancos e cartões contabilizaram aumento de 3%, enquanto os outros dois segmentos demonstraram queda.
“A inflação e os juros altos são os principais fatores que explicam o atual cenário, além da sazonalidade desfavorável de fevereiro, que vem acompanhado de despesas típicas de início de ano, como IPVA, IPTU, reajuste das mensalidades e outros”, aponta o Economista Chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi. “As pessoas ainda utilizam o cartão de crédito, por exemplo, para fazer compras básicas, como alimentação e remédios. Por isso, a relação com o parcelamento também deve ser pautada com base na organização financeira, para que não se torne mais uma dívida”, complementa.
Somadas, o valor de todas as dívidas ultrapassou a quantia de R$ 326 bilhões em fevereiro, número que representa crescimento de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 263 bilhões). No mais recente levantamento, o valor médio das dívidas de cada inadimplente, por sua vez, passou a ser de R$ 4.631,78 – no Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo, o valor médio alcançou R$ 7.071,26, R$ 6.489,30 e R$ 5.343,33, respectivamente, sendo os três maiores
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O mês de fevereiro voltou a registrar o crescimento da inadimplência no país. Segundo o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa, 70,5 milhões de brasileiros estão com o nome negativado. Em fevereiro, foram acrescidos 433 mil novos devedores no país. Responsável por 31,6% das dívidas, o cartão de crédito continua sendo o segmento com o maior número de brasileiros inadimplentes, seguido pelas contas básicas (21,7%) e pelo setor de varejo (11,2). Em comparação a fevereiro de 2022, as contas com bancos e cartões contabilizaram aumento de 3%, enquanto os outros dois segmentos demonstraram queda.
“A inflação e os juros altos são os principais fatores que explicam o atual cenário, além da sazonalidade desfavorável de fevereiro, que vem acompanhado de despesas típicas de início de ano, como IPVA, IPTU, reajuste das mensalidades e outros”, aponta o Economista Chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi. “As pessoas ainda utilizam o cartão de crédito, por exemplo, para fazer compras básicas, como alimentação e remédios. Por isso, a relação com o parcelamento também deve ser pautada com base na organização financeira, para que não se torne mais uma dívida”, complementa.
Somadas, o valor de todas as dívidas ultrapassou a quantia de R$ 326 bilhões em fevereiro, número que representa crescimento de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 263 bilhões). No mais recente levantamento, o valor médio das dívidas de cada inadimplente, por sua vez, passou a ser de R$ 4.631,78 – no Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo, o valor médio alcançou R$ 7.071,26, R$ 6.489,30 e R$ 5.343,33, respectivamente, sendo os três maiores valores da série.
Em fevereiro deste ano, o Rio de Janeiro alcançou a indesejada primeira posição no ranking de representatividade da população inadimplente no Brasil. Com 52,69% da população fluminense nessa situação, o Estado registrou um crescimento de 5,11% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando ainda figurava em terceiro lugar. “Com a menor renda per capita, a região Norte do país possui cinco dos seus sete Estados no top 10 de maior taxa de representatividade de inadimplência da população adulta”, aponta Rabi. São eles: Amazonas (52,67%), Amapá (52,41%), Roraima (47,52%), Tocantins (45,49%) e Acre (45,07%) – a região amapaense, por sua vez, conta com o maior crescimento proporcional, de 6,33%, em relação ao período de 2022.Na sequência, aparece o Centro-Oeste com Distrito Federal (51%), Mato Grosso (50,43) e Mato Grosso do Sul (47,83).
De acordo com Luiz Rabi, o alto desemprego, que atinge milhões de brasileiros, ainda é um dos indicadores que contribuem para o crescimento da inadimplência nas regiões do país. “Alguns Estados que possuem grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal, também figuram nas primeiras posições do ranking, devido a falta de oportunidade e recolocação no mercado de trabalho”.
Em fevereiro deste ano, o Rio de Janeiro alcançou a indesejada primeira posição no ranking de representatividade da população inadimplente no Brasil. Com 52,69% da população fluminense nessa situação, o Estado registrou um crescimento de 5,11% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando ainda figurava em terceiro lugar. “Com a menor renda per capita, a região Norte do país possui cinco dos seus sete Estados no top 10 de maior taxa de representatividade de inadimplência da população adulta”, aponta Rabi. São eles: Amazonas (52,67%), Amapá (52,41%), Roraima (47,52%), Tocantins (45,49%) e Acre (45,07%) – a região amapaense, por sua vez, conta com o maior crescimento proporcional, de 6,33%, em relação ao período de 2022.Na sequência, aparece o Centro-Oeste com Distrito Federal (51%), Mato Grosso (50,43) e Mato Grosso do Sul (47,83).
De acordo com Luiz Rabi, o alto desemprego, que atinge milhões de brasileiros, ainda é um dos indicadores que contribuem para o crescimento da inadimplência nas regiões do país. “Alguns Estados que possuem grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal, também figuram nas primeiras posições do ranking, devido a falta de oportunidade e recolocação no mercado de trabalho”.