Política

Diretora do SAAE fala na Câmara sobre providências quanto aos vazamentos de esgoto

Convocados por solicitação do vereador Gustavo Dornas, a diretora do SAAE Alaísa Aline e o diretor municipal de Meio Ambiente, Marcelo Nogueira, compareceram à reunião da Câmara de terça-feira. Em sua solicitação, o vereador Gustavo Dornas pediu informações sobre planejamento quanto aos vazamentos de esgoto, valor das obras e o motivo do rompimento das tubulações.

Alaísa respondeu que o SAAE não está omisso, que desde a última reunião que teve com os vereadores, os estudos estão sendo feitos e alguns reparos também. Disse que estão tentando um recurso a fundo perdido junto à Agência Peixe Vivo, que fornece recursos para cidades da Bacia do São Francisco, com expectativa de liberação até o final deste mês e que o custo da obra e reconstrução dos emissários é de R$ 7 milhões.

A princípio, Alaisa disse que conseguidos os recursos a obra duraria quatro meses. Depois corrigiu que seriam quatro trimestres, ou seja, um ano.
Falou que o importante seria a reconstrução de todo o projeto Soma, mas que caso não tivessem os recursos, seriam atacados os pontos críticos, de acordo com a disponibilidade financeira do SAAE.

Ela foi muito questionada por praticamente todos os vereadores de não atender suas ligações e não dar retorno às suas denúncias e solicitações. O vereador Toinzinho chegou a sugerir que ela delegasse a um servidor este atendimento aos vereadores, pois são muito cobrados pela população.

Quando a diretora do SAAE disse que não era momento de procurar culpados pelo rompimento, ela foi novamente questionada, principalmente pelos vereadores Alexandre Campos, Kaio Guimarães, Gustavo Dornas e Toinzinho. Eles argumentaram que R$ 7 milhões para a recuperação dos emissários do esgoto era muito dinheiro que poderia ser aplicado em outras obras, caso se configure que a culpa foi da empresa que fez o desassoreamento do Rio São João e córregos.

Eles ainda perguntaram se havia sido repassado para esta empresa o mapeamento dos emissários, ao que Alaísa não soube responder. Ela sempre destacava que a obra de desassoreamento ficou a cargo da Secretaria de Infraestrutura.
Os vereadores ressaltaram que estava faltando uma sintonia entre as secretarias, para maior transparência nas ações.

Inauguração da ETE
Outro questionamento feito pelos vereadores foi sobre a inauguração da ETE, sendo que a maioria do esgoto não está chegando lá, vazando para o rio e córregos.
Alaísa disse “zero esgoto está sendo tratado” e que isto só vai acontecer daqui a um ano. Falou que a inauguração foi sobre o início de operação da ETE e defendeu sua construção dizendo que quando estiver operando completamente, daqui a cerca de um ano, 100% do esgoto será tratado e devolvido limpo para os rios.
A propaganda da Prefeitura de que tem 100% do esgoto tratado, veiculada em várias mídias, inclusive televisas, foi considerada enganosa pelos vereadores.

Falta de água
Apesar de não estar constando na solicitação feita pelo Gustavo à diretora do SAAE, ela também foi muito questionada pela falta de água que é uma constante nas comunidades rurais.
O vereador Silvano, pediu “por favor” que fosse tomada uma atitude, que estava quase começando a apanhar dos moradores e que os vereadores estão dispostos a ajudar.
O vereador Toinzinho sugeriu que fizessem emenda impositiva para a aquisição de mais um carro pipa para atender as comunidades.
Alaísa falou das dificuldades enfrentadas, pois são poços artesianos e alguns perfurados acabaram não tem água, apesar de todos os estudos, mas não apresentou nenhuma solução concreta para a falta de água.

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